Casos de Sucesso (Caso Conjugal)

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overnature-com-2.jpgUm belo dia, meu telefone tocou, era uma cliente muito aflita, dizendo que havia visto o meu contato, através do anúncio do jornal, fiquei muito satisfeito e falei que estava à sua disposição, marcamos o encontro para acertar detalhes da investigação, que segundo a minha cliente, Neuza, era conjugal, Dona Neuza me disse que há dois dias seu esposo havia saído de casa, um espanhol que vamos chamar de John, e que segundo ela as mudanças de comportamento eram grandes, ao ponto dele sair de casa, sem levar nada. Perguntei a dona Neuza qual veículo ele estava no momento, e ela falou que o John não estava com nenhum, ele estava andando de táxi, a minha cliente disse que tinha montado uma escola de idiomas, que iria inaugurar no mês seguinte e que, possivelmente, ele poderia está dormindo lá ou até mesmo escondido, pois tinha uma cópia da chave, perguntei a ela se tinha alguma suspeita, ela me informou que havia apenas um número que ligava com frequência para ele , e que sua empregada doméstica escutava estas ligações e sempre o investigado chamava esta pessoa por Cristina e dizia que estava com saudades.
Eu disse à minha cliente que trabalharia neste caso com muita dedicação. A minha cliente me disse que queria total sigilo, por ser uma mulher pública, falei a ela que a descrição é uma das marcas da minha profissão, o sigilo parte tanto do investigador quanto do cliente.
1º passo – Fui fazer um campana no dia seguinte, na escola de idiomas, cheguei bem cedo, por volta das 05 horas da manhã – sempre gosto de chegar cedo nas minhas campanas, a cliente havia me informado que se ele estivesse por lá, deveria ter algum ar condicionado ligado, pois segundo ela, era costume dele. A equipe estava na campana, esperando alguém entrar ou sair da escola, pois era uma probabilidade grande do sindicado estar no local. Foi passando o tempo, e eu já estava maquinando o próximo passo, que poderia ser a chave do mistério , o número telefônico. Chegando às 11 da manhã, ninguém havia saído de lá, fiquei no veículo e mandei a detetive Raquel checar o prédio, a detetive tocou a campainha e ninguém apareceu, ela já estava com um envelope dos correios (fictício), a detetive também verificou se não havia nenhum ar condicionado ligado, sendo que lá era uma mansão, em uma área nobre e com vários ar condicionados.
2º passo –  Era a minha última cartada, pois o sindicado havia desligado o celular há dias, comecei a busca, para saber de quem estava cadastrado aquele número, então obtive êxito, estava em um nome de uma senhora de 68 anos que se chamava Tereza de Jesus (nome fictício), endereço de um bairro – muito perigoso, inclusive, aqui em minha cidade.
Lá havia muita boca de fumo e tráfico de drogas, cheguei com um informante (amigo meu que conhecia a região), preparei meu cronograma de trabalho, para fazer o levantamento daquele endereço e porque a dona daquele número estava com uma idade bastante avançada, já que o sindicado tinha 32 anos, algo não batia na questão, a idade, fui com uma roupa simples, não levei meu veículo, aluguei um bastante antigo, para não levantar suspeita, a detetive que estava comigo ficou assustada com aquele lugar, disse a ela que tudo daria certo. As horas foram se passando e verifiquei que as casas daquele lugar eram pequenas, verifiquei que no número 23 era a casa da senhora Tereza de Jesus, havia na porta um olho mágico bem grande, coisa que me chamou bastante atenção, verifiquei também que a casa era pequena de frente, porém bem grande de fundo, e estavam reformando ela, havia um ar condicionado novo na parte superior de um dos quartos, com tombamento, verificado através de minha câmera fotográfica – que tem um zoom bem preciso, foi uma foto decisiva, pois a numeração foi confirmada depois pela cliente, que era de um ar condicionado que havia sumido da escola de idiomas, coloquei meu relógio espião (fuul hd) de uma excelente precisão tanto de áudio quanto de vídeo, estava eu a espera da saída ou entrada de alguém daquela residência, já estava com o envelope fictício para bater lá, mas foi aí que saiu uma vizinha do lado, me aproximei com o envelope e dei bom dia, ela disse: ‘’bom dia, como você se chama e como posso ajudá-lo?’’, disse: ‘’me chamo João e você’’, ela respondeu ‘’me chamo Joana’’, disse eu – ‘’estou à procura de uma pessoa, pois meu patrão mandou vir logo procurar o endereço dela, pois futuramente ele fará uma surpresa a ela, mandando 3 galinhas caipiras, ela disse ‘’quem é a pessoa?’’ pois essa vizinha mora no local a mais de 30 anos e conhece tudo, aí eu disse: ‘’então a senhora pode me ajudar a procurar a senhora Tereza de Jesus, ela disse: ‘’é bem aqui do meu lado, mas ela não está no momento, pois viaja muito para sua cidade natal, seu interior, mas a neta dela a Cristina se encontra na casa, e está com seu namorado dormindo, mas posso ir chamá-la’’, falei de imediato que não, pois poderia estragar a surpresa de Dona Tereza, perguntei se ela gostava de galinha caipira, ela deu uma gargalhada e disse ‘’adoro’’, então eu disse que quando viesse trazer a de Dona Tereza, ia dar uma de presente para ela, a vizinha ficou muito satisfeita, não sabendo ela que eu jamais iria aparecer lá. Já que havia colhido informações preciosas, havia ali terminado de fechar o meu quebra-cabeça, o mistério havia sido desvendado. Fui para casa, preparei todo o material colhido e meu relatório, liguei para minha cliente e marcamos o acerto final, diante das provas colhidas, ela disse que o ar condicionado era da escola (o que estava desaparecido), e a Cristina era a neta da Dona Tereza, amante do sindicado, falei para minha cliente se ela queria mais dias de monitoramento na residência, ela disse: ‘’detetive Melo, estou muito satisfeita com o seu trabalho e sempre que alguém precisar estarei lhe indicando, mas não tenho mais dúvidas’’, agradeci pela confiança obtida no meu trabalho, depois de uma semana ela me ligou e disse que o seu Jonn havia voltado para a Espanha, e que ela ainda estava muito abalada.

Todos os personagens envolvidos neste caso possuem nomes fictícios, para assim preservarmos a identidade das pessoas envolvidas.

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